“MAAAARMUD. Não é Mohamed, não é Marcondes, não é Mar Morto, não é maribondo. É Mahmoud”. É com esse jeitinho único que o sexólogo, de 27 anos, se apresenta para quem não consegue falar seu nome.
Nascido em Manaus, a história do brother do BBB18 tem um capítulo importante no Líbano. Quando tinha seis anos, seus pais faliram e precisaram deixar o Brasil, voltando ao país de origem. “Fomos eu, minha irmã e meus pais apenas com a roupa do corpo”, relembra.
CONFIRA CURIOSIDADES SOBRE MAHMOUD
Mahmoud estudou em escola bilíngue e se destacou entre seus colegas. “Ele foi o primeiro da turma, dava aulas para os outros que ficavam em recuperação”, revelou toda orgulhosa a mãe, Hanady. E o pagamento por essa ajuda era diferente: “Eu trocava aulas por roupas”, revelou.
A fase mais difícil de sua vida foi exatamente no período em que viveu no Líbano. “Eu sofria muito bullying por causa da minha voz fina”. E esse preconceito quase o impediu de ser o orador de sua turma na formatura. “Eu tinha a maior nota da escola, mas a turma não queria que eu fosse o orador. Minha professora me defendeu e consegui ser”, relembra.
Sua grande virada aconteceu quando voltou ao Brasil, aos 19 anos, e foi aprovado para cursar Psicologia em Rondônia. Morando com o pai, dono de uma boate, Mahmoud viu crescer seu interesse pela Sexologia, área em que fez sua especialização.
“Eu sempre lidei com a sexualidade de forma muito natural, não ao pecado e a algo nojento que a sociedade em geral associa”.
Além de um direcionamento na carreira, Porto Velho também ajudou na autoestima de Mahmoud. “Depois que vim para cá, eu fiquei extrovertido. Aqui é muito mais empoderado. As pessoas me tratam muito bem e se falam mal de mim ‘I don’t care’ (eu não ligo, em tradução livre)”, diz.
Pelos próximos dias, seu rosto será exibido em vários momentos na televisão, aparelho que não tem em sua casa. “Ele não deixava ter porque atrapalhava suas leituras, mas agora vou comprar uma para assistir ao programa”, conta a mãe. A única coisa que Hanady tem receio que ele faça na casa é andar só de cueca pelos cômodos. “Eu não gosto de vê-lo assim”, sendo logo interrompida pelo filho. “Mãe, aqui é o Brasil, não é o Irã”.
Bem, ele pode até andar de cueca pela casa, mas outra peça que ele nunca vai dispensar são suas gravatas-borboletas, sua marca registrada. “Virou como meu sinônimo”.
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